Como funciona a Fitoterapia?
- Marina Kauffmann
- 28 de out. de 2022
- 3 min de leitura

Antigamente as plantas medicinais eram bastante utilizadas pelos povos ocidentais e orientais. Posteriormente, com o surgimento dos medicamentos químicos, as ervas forma sendo colocadas de lado, principalmente pelo Ocidente.
Hoje, devido aos efeitos colaterais e perniciosos de boa parte dos medicamentos sintéticos, a medicina e o uso popular estão promovendo a volta das plantas com fins terapêuticos, para a cura das mais diversas moléstias.
"Este retorno à Natureza traz grandes vantagens: adequadamente utilizadas, as ervas funcionam eficazmente e não provocam efeitos negativos de qualquer espécie no organismo humano, além de poderem ser adquiridas a preço baixo."
De todos os métodos da medicina natural a fitoterapia é sem dúvida o mais antigo.
Dele já lançava mão o homem pré-histórico, que aprendeu, como os animais, a distinguir as plantas comestíveis daquelas que podiam ajudá-lo a sanar suas moléstias.
O conjunto de dados a respeito das plantas e de suas virtudes curativas, transmitidos oralmente de uma geração a outra, aos poucos foi sendo enriquecido com a incorporação contínua de novos conhecimentos, adquiridos através da experimentação prática guiada pela intuição.
Na antiguidade, chineses, egípcios, hindus, gregos e romanos já dispunham de informações mais detalhadas sobre as ervas medicinais, pois com o tempo elas acabaram por ser classificadas e catalogadas, de acordo com critérios que levavam em conta tanto sua forma, cor, sabor e aroma como suas ligações com os astros e, evidentemente, com seus atributos mágicos.
Mas a ciência e os instrumentos de análise evoluíram
Com a evolução da ciência e o aperfeiçoamento dos sistemas e instrumentos de análise, as plantas medicinais começaram a ser estudadas do ponto de vista da sua composição química, procurando-se isolar seus princípios ativos para verificar que efeitos exercem sobre o organismo animal e humano.
Muitas dessas pesquisas têm confirmado as prescrições da medicina popular, domínio em que as plantas reinam como senhoras absolutas.
No entanto, além de insuficientes em vista da infinidade de espécies vegetais que existem, algumas delas costumam pecar por não levarem em consideração fatores que influem decisivamente na ação terapêutica de uma planta, tais como a época em que deve ser colhida ou sua natureza energética intrínseca, que lhe confere outras qualidades afora aquelas constatadas através de sua composição química.
Atualmente, quando se assiste a um verdadeiro boom das plantas medicinais, que vêm chamando a atenção até mesmo de órgãos da ONU, a fitoterapia é considerada um método natural preventivo, conservador, regenerador e curativo.
Apesar de não produzir resultados imediatos, nem funcionar em casos de emergência, quando adequadamente empregada, esta terapêutica têm ação duradoura, sem apresentar efeitos colaterais ou riscos de acumulação no organismo.
Benefícios e Cuidados a serem observados
Com respeito ao seu uso como método curativo, deve-se lembrar que antes de adotá-lo é imprescindível a consulta a um especialista que, a partir da observação dos sintomas manifestados, descubra as causas da doença e trace as diretrizes do tratamento.
Depois disso, poderá a fitoterapia vir a se constituir em terapêutica auxiliar, associando-se neste caso perfeitamente bem a outras técnicas naturais, como a dietética e a hidroterapia, ou mesmo às massagens, ginástica, climatoterapia e terras e lamas.
Em qualquer caso, o aproveitamento adequado das propriedades medicinais de uma planta depende sempre, em grande parte, de seu preparo correto, que envolve uma série de operações.
As mais comumente usadas são as seguintes:
1) Cataplasmas - empregadas externamente, compõem-se de pós ou farinhas diluídos em água, cozimentos, infusões etc., até adquirirem a consistência de uma pasta mole. Aplicam-se quentes, mornas ou frias entre dois tecidos, de preferência o linho;
2) Decocção - pode ser leve ou branda, de acordo com o tempo que se deixa a planta - em geral suas partes mais duras - cozinhando em água ou, menos frequentemente, em leite ou vinho;
3) Infusão - consiste simplesmente em verter água fervente sobre a planta - em geral nas partes mais tenras como folhas e flores -, deixando a mistura em repouso por um tempo determinado;
4) Contusão - neste tipo de preparação pila-se ou amassa-se com bastante força a planta num pilão ou em recipiente apropriado;
5) Maceração - coloca-se a planta ou parte dela em contato, à temperatura ambiente, com determinado veículo (água, vinho, vinagre ou álcool) durante um tempo mais ou menos longo, que pode variar de algumas horas a vários dias;
6) Tinturas - através da maceração das plantas ou de parte delas em álcool, posteriormente filtrado, obtêm-se as tinturas;
7) Tisanas - termo genérico que designa soluções e macerações, infusões e decocções;
8) Vinhos medicinais - são obtidos pela maceração das plantas ou de suas partes em vinho tinto ou branco, durante alguns dias, depois filtrado e conservado em lugar fresco.
IMPORTANTE, é imprescindível avisar e aconselhar que não se tenha à disposição ou faça uso indiscriminado de qualquer tipo de erva e, ainda, não utilize ser saber a época propícia para colhê-las. Procure em casas especializadas ou mesmo em farmácias, guardando-as em recipientes de vidro bem fechado ou, no caso de flores e folhas delicadas, em saquinhos de papel celofane.
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